Quaase umaa mãe !!

"Era uma vez uma professora maluquinha. Na nossa imaginação ela entrava voando pela sala (como um anjo) e tinha estrelas no lugar do olhar. Tinha voz e jeito de sereia e vento o tempo todo nos cabelos (na nossa imaginação). Seu riso era solto como um passarinho. Ela era uma professora inimaginável."

É assim, com jeito de conto de fadas, que os alunos descrevem a mestre favorita no livro Uma Professora Muito Maluquinha. Nele, Ziraldo conta a história de 33 crianças que achavam que a professora era “a coisa mais maravilhosa da cidade, isto é, do mundo”.

Professora-sereia que voa? Isso só pode ser coisa de livro, né? Nem tanto. Claro que isso só existia mesmo na imaginação, mas quem é que nunca teve uma professora tão especial que era quase uma segunda mãe?

O próprio Ziraldo uma vez, em uma entrevista, disse que fez o livro em homenagem aos professores que teve na infância. E muitas meninas por aí vão confirmar que já brincaram de imaginar que a professora era uma princesa linda ou, até, uma super-heroína! A aluna Stephany Ferreira Bezerra responde rapidinho quando o assunto é a sua favorita: “A Daniela!”, diz. Ela gostava tanto da professora que lhe deu aulas no quarto ano no Colégio Renovação, em São Paulo/ SP que até já se confundiu. “Às vezes, a gente se enganava mesmo e a chamava de mãe. Aí, todo mundo morria de rir, né?”, diverte-se.

De todos os dias que passou com a tia Daniela, há um de que a Stephany nunca se esqueceu. “Foi quando eu briguei com minhas amigas no recreio e fiquei bem chateada. Aí, falei com ela, que chamou todo mundo para conversar e nos ajudou a fazer as pazes”, conta.

E O OSCAR VAI PARA...

No caso da Isabella Pereira de Andrade, a professora querida virou uma amigona. Tanto é que, sempre que ela chega ao Colégio Santa Maria e dá de cara com ela, vai correndo dar um abraço. “Minha professora Vanini é como outra mãe para mim. É carinhosa, ajuda, é tudo de bom. Com os meus amigos e com a minha família, tento ser sempre tão carinhosa como ela era com a gente na classe”, conta a menina, que armou uma daquelas para a pobre professora. Imagine só a cena: no ano passado, a Isabella convenceu dois amigos a fingirem que estavam tendo uma baita briga bem na frente dela. Parece até cena de novela, né? E os alunos devem ser mesmo bons atores, porque a Vanini caiu direitinho.

Meio brava com aquilo, ela chamou os dois “briguentos” para resolver a confusão, em uma conversa na sala de aula. E, quando chegou lá... “Levou um susto daqueles! A gente tinha preparado uma homenagem com balões, cartazes, fotos... Ela disse: ‘Obrigada! Mas vocês me assustaram!’”, lembra a Isabella, que organizou tudo com a ajuda das amigas.

Ser amiga da professora fora da aula é só mais um motivo para respeitá-la na classe.